- Pra quê? Pra que, Tufão, surpreender minhas vestes bem engomadas, de cores rupestres e embotadas de ânsia?
- Pra que, se o bicho nem era desta natureza e sim prole de amores interrompidos e áridos?
- Pra que, se o oceano de folhas secas e seixos soçobravam em ondas regulares, nanometricamente senoidais, encharcado de mal-me-queres?
Foi engano teu, Açoite, imaginar que me faria vacilante, que me forjaria em cal tenaz e involutiva, minando assim o meu caráter de encadeamento com outras criaturas. Já tu me sopravas cascalhos moídos em meus olhos lacrimosos; e era tudo turvo, em tudo uma carga de sombra, nada reluzia, pronto a me esculpir artificialmente inóspito e infértil. Inda mais surpreendente foi a anunciação de uma Figura, cuja silhueta se confundia com a de um portal entre o alumbramento e a indecisão. Não era um heroi, nem criatura fantástica, ou ainda espectro luminoso. Era físico, natural, orgânico; era humano. Em nada denunciava cultivar em si um bicho faminto similar ao meu. Mais parecia solver todo tipo de cólera bestial; por certo, aniquilou o Egoísmo gatuno em sua fuga...
3 comentários:
Vixi...Coitado do "perebento"... Com uma patada palavrial dessas e zonzo da vida, com certeza foi ladrilhar em outra freguesia...
Foi sim, mas ladrar faz eco; no entanto, por ora, só ouço som de passarinhos. E o que é do home o bicho não come!
Se era para comer, ja comeu...Ou teria comido... IN MEMORIUM... (risos)
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